O Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista (CIOP), que reúne 35 municípios, deu mais um passo importante rumo à implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) na região. Uma comitiva formada por mais de 20 prefeitos e representantes locais, entre eles o prefeito de Teodoro Sampaio, esteve nesta terça-feira (16) no Ministério da Saúde, em Brasília, para discutir os processos e a estrutura necessária para viabilizar o serviço, que deve beneficiar cerca de 800 mil moradores do Oeste Paulista.
A proposta prevê que o SAMU atenda todos os 45 municípios da Rede Regionalizada de Atenção à Saúde (RRAS) 11, além de Bastos e Flórida Paulista, pertencentes à RRAS 10. O custeio será dividido entre os municípios, o governo de São Paulo e o Ministério da Saúde.

Segundo o diretor de Saúde do CIOP, Cláudio Monteiro, a implantação do SAMU representa um avanço significativo para a região. “O serviço traz rapidez e regulação nos casos de emergência, permitindo a primeira avaliação médica no local e garantindo o encaminhamento do paciente para a unidade de referência de forma ágil. Isso aumenta as chances de sobrevivência e reduz sequelas graves”, destacou.
O Ministério da Saúde manifestou apoio à iniciativa. Para Fernando Figueira, diretor do Departamento de Atenção Hospitalar, Urgência e Domiciliar, o SAMU fortalece a rede de saúde. “Queremos a universalização do serviço em todo o país, e o Oeste Paulista está no nosso radar”, afirmou.
A prefeita de Caiabu e presidente do CIOP, Suelen Mative, ressaltou o engajamento coletivo. “Somos uma das poucas regiões de São Paulo sem SAMU, e isso é motivo de preocupação. O apoio dos municípios, consorciados ou não, é essencial para que esse sonho se torne realidade.”
O deputado federal Fernando Marangoni também destacou a mobilização. “É um projeto desafiador, mas necessário. Além de salvar vidas, vai reduzir custos e fortalecer a rede de saúde regional.”
Próximos passos
Uma nova reunião está marcada para o dia 30 de setembro, às 10h, em Presidente Prudente, quando serão discutidos os custos de implantação e definidas as cidades que vão sediar a Central de Regulação e as bases descentralizadas.
Como o SAMU vai funcionar
O serviço contará com uma Central de Regulação de Urgência (CRU), que receberá os chamados e definirá o envio de ambulâncias de Suporte Básico (USB), com técnico de enfermagem e condutor socorrista, ou de Suporte Avançado (USA), equipada com médico, enfermeiro e condutor socorrista.
Após o atendimento inicial, a CRU indicará o hospital mais adequado para cada ocorrência, evitando deslocamentos desnecessários e sobrecarga nas unidades de saúde.
O SAMU também terá um Núcleo de Educação Permanente (NEP), responsável pelo treinamento contínuo das equipes.
Municípios como Teodoro Sampaio, Presidente Prudente, Presidente Epitácio, Dracena e Presidente Venceslau estão entre os que devem ser beneficiados com a implantação do serviço, que promete revolucionar o atendimento de urgência em todo o Oeste Paulista.


